Você acumulou contas em atraso e não sabe mais o que fazer para que o negócio “volte aos trilhos”? Pois saiba que a renegociação de dívidas é uma opção viável e bastante vantajosa para empresas que se encontram “no vermelho”.

Basicamente, esse é um procedimento que permite que você pague todos os débitos com desconto ou parcele-os com taxas de juros menores. Com isso, evita-se perder a credibilidade e até entrar em falência.

Para compreender melhor, vejamos alguns dados obtidos pela Serasa Experian. O levantamento mostrou que o Brasil possui cerca de 6 milhões de empreendimentos em situação de inadimplência.

A maioria são micro e pequenas empresas, que pertencem ao setor de serviços. E a renegociação vem para ajudá-las a regularizar as obrigações financeiras e, finalmente, continuar crescendo.

No artigo a seguir, explicamos quais os benefícios que essa tática traz para as companhias endividadas e trouxemos um passo a passo completo para quitar os débitos em atraso de uma vez por todas. Confira!

Primeiramente, o que é renegociação de dívidas?

Renegociação de dívidas é um trato feito entre uma pessoa — ou empresa — que deve uma quantia em dinheiro e quem irá recebê-la. O objetivo é que o pagamento seja quitado integralmente.

Em outras palavras, é uma maneira de “ficar em dia” com as obrigações financeiras. Normalmente, ao renegociar uma dívida, a parte devedora conta com um abatimento dos juros por atraso e tem a possibilidade de parcelar a quantia devida ao credor.

Dito isso, podem ser renegociados os débitos derivantes de:

  • cartões de crédito;
  • empréstimos;
  • financiamentos;
  • cheque especial;
  • e mais.

Como saber se a empresa está inadimplente?

Antes de acordar as condições para sair do vermelho, é crucial descobrir quanto o estabelecimento deve. A boa notícia é que o processo é bem simples, podendo até ser feito diretamente com os credores ou fornecedores.

Outra forma é consultando o CNPJ da companhia na Serasa Experian. O total dos débitos sai gratuitamente e em poucos minutos. Com isso, fica-se sabendo exatamente o que precisa ser pago, facilitando a renegociação.

Mas para não ficar com o nome sujo, o ideal é trabalhar para não cair na inadimplência. Assista ao vídeo abaixo para ver como elaborar um plano de contas e deixar a empresa sempre no azul!

Por que renegociar uma dívida? 6 benefícios para a empresa

A renegociação de dívidas é um ótimo modo de tirar as contas da companhia “do vermelho” para fazê-la crescer. Em especial, essa regularização traz vários outros benefícios, influenciando a saúde financeira do empreendimento e o crédito na praça.

Para compreender o que faz o procedimento ser tão importante, confira a seguir seis vantagens que ele traz para o negócio.

1. Melhora a gestão financeira

A renegociação de dívidas ajuda na gestão financeira porque dá mais controle sobre as despesas do negócio. A razão para isso é porque o procedimento promove consciência sobre os gastos. Desse jeito, as contas se mantêm “na linha”.

Falando nisso, áreas essenciais para a manutenção do empreendimento, como fluxo de caixa e controle de estoque, que dependem de uma boa gestão do orçamento, costumam ser as mais beneficiadas.

>>>> Aproveite e leia: as melhores dicas de gestão financeira para pequenas empresas

2. Otimiza o controle de contas

Manter um rígido controle de contas a pagar e a receber é crucial para que a empresa se mantenha funcionando. E a renegociação de dívidas auxilia nisso, pois permite quitar os débitos antes que eles se acumulem.

Logo, pode-se agendar as datas dos pagamentos, para evitar os juros por atraso. Assim, consegue-se ficar “em dia” com todas as obrigações financeiras com facilidade.

3. Reduz o risco de falência

Conforme o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas, o Sebrae, cerca de 23% destes estabelecimentos fecham em menos de 5 anos por conta de dívidas. Quando falamos em MEIs (Microempreendedores Individuais) o número cresce até quase 30%. Tudo pela falta de planejamento financeiro.

Renegociar as dívidas reduz o risco de “fechar as portas”, pois há mais controle sobre o que deve ser pago. Ao mesmo tempo, a tática ajuda a reduzir outros riscos que a inadimplência traz para um negócio, como prejuízos e perda de crédito.

4. Aumenta a credibilidade do negócio

Um dos maiores riscos de acumular dívidas é perder a credibilidade com investidores e fornecedores, ficando com menos opções disponíveis para manter o negócio funcionando.

Na renegociação de dívidas isso também é reduzido, pois o empreendimento fica com o “nome limpo”. Em outros termos, os fornecedores têm a confiança de que receberão pelos serviços prestados.

5. Oferece juros menores

Quando um débito não é pago no prazo estabelecido, ele acumula juros e multas que só aumentam. E isso tende a piorar com o tempo, já que os credores não desejam perder dinheiro.

Porém, o procedimento de renegociação de dívidas, normalmente, é acompanhado de taxas de juros menores ou até acabam totalmente com elas. Isso acontece para viabilizar o pagamento.

Portanto, é uma boa opção de quitar as obrigações financeiras sem pagar a mais por elas.

6. Traz mais segurança

Convenhamos que ninguém consegue dormir tranquilo com uma “bola de neve” pairando sobre a cabeça. E é justamente isso que os débitos acumulados representam, uma vez que a tendência é que eles continuem crescendo até serem renegociados e quitados.

Ao renegociar, a dívida para de crescer automaticamente, algo que traz mais segurança para todos os envolvidos. Assim, consegue-se ter mais segurança ao planejar expansões e investimentos em outros setores.

O que fazer para renegociar uma dívida? Passo a passo simples

Agora, traremos um passo a passo simplificado do que fazer para renegociar uma dívida.

Destacamos que o procedimento pode ser feito diretamente com os credores, em feirões organizados por instituições financeiras ou nos órgãos de proteção ao crédito, como a Serasa.

No mais, confira um tutorial com os seis passos para se livrar de vez das contas acumuladas!

Passo 1: identifique as dívidas

O primeiro passo é identificar todas as contas em atraso. O objetivo aqui é saber o total devido, incluindo os juros e multas. Como já falamos, isso pode ser feito diretamente com os credores ou em consulta na Serasa.

Uma dica de ouro é nunca ignorar um débito apenas porque ele é recente ou não parece ser tão urgente. Anote tudo, com as datas originais dos pagamentos e há quanto tempo elas não foram cumpridas.

Passo 2: defina as prioridades

Em alguns casos não será possível conduzir a renegociação de todas as dívidas. Nessas situações, o ideal é priorizar as que estão em atraso há mais tempo, maiores ou que cobrem juros mais altos.

Isso é necessário, pois esses débitos costumam trazer mais “dores de cabeça”, visto que comprometem uma parte maior do orçamento. Sendo assim, defina as prioridades e foque na resolução delas, antes de partir para as outras.

Passo 3: estude as ofertas

Dependendo do método escolhido para renegociação de dívidas, com um banco ou com o credor, as ofertas e condições de pagamento tendem a mudar. Alguns locais até mesmo oferecem descontos no montante dos débitos.

Portanto, é fundamental procurar diversas opções e estudar cada uma das propostas com cuidado. Aliás, tenha em mente que todo devedor tem direito a fazer uma contraproposta.

Ou seja, a parte devedora pode propor novas condições de pagamento, caso sinta que não conseguirá cumprir com o que foi sugerido pelo credor ou mediador do débito.

Por isso, não se sinta envergonhado ou fique com medo de dar suas opiniões. O objetivo da negociação é garantir que todos saiam ganhando no final.

Passo 4: escolha a proposta que melhor se encaixa no orçamento

Depois de estudar as propostas, é hora de partir para o quarto passo da renegociação de dívidas: escolher a que se encaixa no seu orçamento. Aqui, cuidado para não comprometer todos os ganhos da empresa, viu?

Isso é uma receita para o desastre, pois ao usar o dinheiro das contas a pagar, você arrisca acumular novos débitos.

Como resultado, nunca sairá do estado de inadimplência e prejudicará as áreas vitais para o funcionamento da empresa, como o pagamento de energia, a reposição do estoque e até o salário dos colaboradores.

Posto isto, escolha uma oferta que você tem certeza que conseguirá arcar. O mais indicado é, antes mesmo de dar início à análise, definir um limite para saber quanto poderá comprometer mensalmente.

Passo 5: organize as datas de pagamento

Encontrou as condições perfeitas para a renegociação das dívidas e fechou o contrato? Em seguida, anote e organize as datas de pagamento de acordo com as contas a receber.

Melhor dizendo, para que os vencimentos das parcelas — caso tenha optado por essa modalidade de renegociação — coincidam com as datas de entrada de dinheiro no caixa do empreendimento.

Isso permite um maior controle sobre as contas e garante que sempre haverá recursos disponíveis para quitá-las. Além do mais, a estratégia faz com que você não esqueça de uma parcela no meio da correria do dia a dia e depois tenha que tirar dinheiro de outra área para cobri-la.

>>>> Leia mais: como funciona o contas a receber de uma empresa e a importância para a saúde financeira

Passo 6: evite contrair novas dívidas

Para finalizar, é vital descobrir o que causou a inadimplência para evitar contrair dívidas. Para isso, analise as finanças do período e procure ver o que levou à situação. As principais causas costumam ser:

  • falta de planejamento financeiro;
  • inadimplência dos clientes;
  • acúmulo de débitos;
  • não conhecer o público-alvo, o que gera poucas vendas.

Feito isso, elabore um plano para não contrair novos débitos, estabelecendo:

>>>> Confira também: 5 ideias de planejamento financeiro para pequenas empresas

Erros comuns na renegociação de dívidas para evitar cometê-los

Deu para ver que a renegociação de dívidas não é nenhum “bicho de sete cabeças”, não é? Porém, é preciso ficar atento durante todo o procedimento para evitar cometer alguns erros comuns e que comprometem a jornada, tais como:

  • aceitar a primeira oferta logo “de cara”;
  • parcelar em infinitas parcelas;
  • esquecer de conferir a taxa de juros;
  • pular uma dívida grande;
  • não se planejar para pagar as parcelas;
  • descuidar das finanças e cair na inadimplência de novo.

Use a tecnologia para controlar as finanças e ficar sempre no azul

E aí, gostou ver nosso tutorial de renegociação de dívidas e se sente preparado para deixar a empresa no azul? Então, fique atento a uma dica extra que trouxemos para facilitar sua gestão financeira: invista em um sistema de gestão online. 

O Awise é um ótimo exemplo dessa ferramenta. Ele conta com inúmeras funcionalidades, permitindo:

  • controlar o caixa, o estoque e as vendas;
  • gerar códigos de barras;
  • gerenciar as metas;
  • elaborar relatórios de desempenho;
  • fazer o balanço de estoque;
  • emitir notas fiscais;
  • e muito mais.

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