Como já temos falado nos últimos artigos e você tem acompanhado nos noticiários, o coronavírus não trouxe somente a paralisação do comércio e esta doença grave a nossa população. Ele trouxe junto uma crise econômica que promete durar mais do que a própria pandemia.

Ninguém, independente do quão bom gestor fosse, estava preparado para tudo isso. A pandemia foi algo completamente inesperado e, exatamente por este fator surpresa, pegou todo mundo desprevenido.

Poucos são os empresários que não estão preocupados ou apavorados, vendo os lucros escoarem pelo ralo a as vendas ficarem cada dia mais raras.

Com as reservas financeiras acabando e com uma abertura perigosa do comércio, os empresários vão fazendo o que podem para manterem seus negócios de pé. Tentando fazer uma limonada com os limões azedos que o coronavírus trouxe.

Entretanto, não são somente os empresários que estão com os cabelos de pé com a recessão que já se começa a sentir. 

A população também não está conseguindo pagar suas contas.

Esse resultado era até óbvio, visto que com os comércios fechados, as pessoas encerradas dentro de suas casas somente com seus parentes mais próximos, muitas pessoas também ficaram sem seus empregos, suas fontes de sustento.

O Auxílio Emergencial oferecido pelo governo é exatamente o que o nome propõe: emergencial. Ele ajuda, mas não resolve a maioria dos problemas.

Além disso, este dinheiro não está chegando às populações mais carentes que realmente precisam dessa ajuda. 

Para entender isso, basta fazer uma reflexão simples: os R$ 600,00 que o governo disponibilizou para a população a título de ajuda emergencial cai em uma conta digital que é acessível somente por meio de um aparelho celular smartphone.

Quem não tem um aparelho do tipo já está fora desta lista.

Quem tem o aparelho deve saber lidar com o aplicativo, que deve ser baixado, instalado antes do cadastramento para receber o dinheiro. Quem não sabe operar este tipo de aparelho já está de fora também.

Além de todos estas barreiras, existem outras duas: o dinheiro é disponibilizado em formato digital nos primeiros dias. Ou seja, ele só permite o pagamento de contas através do APP da Caixa, sendo permitido o pagamento somente de algumas espécies de contas.

Não é possível sacar o dinheiro por um grande período. Também não é permitido transferir ele para outra conta para poder sacar. A população fica de mãos atadas, com dinheiro na conta mas sem poder usar ele para suas necessidades do dia a dia.

Muitas dessas contas que não são pagas são os carnês das lojas.

Não acredita? Então veja os números:

Pandemia de Coronavírus faz milhões de brasileiros ficarem inadimplentes

Grande parte da população brasileira deixou de pagar alguma de suas contas desde o começo da pandemia. 

Na verdade, 91 milhões de pessoas deixaram de pagar alguma conta somente no mês de abril.

Este número alarmante corresponde a 58% da população adulta do país. É um número e tanto, não é?

Infelizmente, estes números são entendíveis pelos fatores que citamos acima. É claro que não estamos naturalizando a inadimplência. O caso é que estamos enfrentando um período complicado que a gente nunca tinha enfrentado. 

Estas são apenas consequências deste período que, por mais difícil que seja, a gente vai conseguir superar. 

Apesar de tudo isso, a sua empresa precisa sobreviver, não é? A gente aqui do QuantoSobra está fazendo o possível para ajudar. 

Por isso, desde o início da pandemia, a gente tem trazido artigos para ajudar o empresário a levar as suas vendas para a internet. Pelo menos até que as vendas físicas voltem a seu possível.

Você pode encontrar estes artigos:  

Aqui: Como vender pelo Instagram;

Aqui: Como vender e atender pelo WhatsApp;

Aqui: Como enviar seus produtos pelos Correios;

Aqui: Como vender mais durante a Pandemia de Coronavírus;

E aqui: Coronavírus: o que muda para o empregado e empregador com a MP 927/2020.

Se você ainda não leu estes artigos, eu recomendo que você leia este artigo aqui, onde eu falei sobre a importância de o varejista migrar para plataformas E-commerce durante e depois da pandemia.

Além destes artigos, a gente está trazendo dicas para ajudar você, empresário, a lidar com a inadimplência do período. Estas dicas, é claro, não são a solução para o problema mas, podem ajudar a clarear o caminho para novas alternativas. Acompanhe:

Como lidar com a inadimplência causada pela pandemia de Coronavírus?

Antes de ler as nossas dicas, que tal refletir sobre as alternativas que você tem aplicado aí no seu negócio para lidar com a inadimplência? Depois de lembrar de cada uma delas, não deixe de comentar no final desse texto e compartilhar esse conhecimento com os outros empresários que também estão fazendo o possível para manter o seu negócio de pé durante esse período. Vamos às dicas.

Ofereça promoções aos clientes inadimplentes

Parece uma ideia confusa, não é? Mas vamos entender: nem todos os clientes estão inadimplentes por não ter dinheiro. Muitos, podem estar esperando a pandemia diminuir para sair de casa para pagar algumas contas.

Na cabeça de muitas pessoas, o pagamento de carnês não é algo urgente. Por isso, muitos podem estar deixando o pagamento para depois.

Que tal você oferecer uma promoção para esse cliente? Veja no histórico de compras dele os produtos que ele costuma adquirir e faça uma promoção de um desses produtos. 

Depois, basta entrar em contato com ele, de maneira educada e simpática e garantir que ele vai receber um desconto nesse produto se decidir pagar aquele carnê que ficou esquecido.

Ofereça novas formas de pagamento

Como dissemos no começo do texto, muitas pessoas não estão tendo acesso ao auxílio do governo de maneira física. O aplicativo da Caixa permite apenas o pagamento digital de contas. 

Que tal você aproveitar esta questão e oferecer o envio de boletos para o e-mail do cliente inadimplente para que ele pague os valores que ficaram para trás usando o código de barras dessas boletos?

Implemente o tele-pagamento

Sim, isso mesmo: tele-pagamento. Se já existem formas de entregar seus produtos na casa de seus clientes, porque não, oferecer para eles a possibilidade de fazer seus pagamentos em casa também?

Muitos podem estar sem pagar seus carnês simplesmente por estarem com medo de sair de casa durante a pandemia. 

Por isso, que tal aproveitar o seu motoboy e perguntar educadamente para seu cliente se ele não deseja receber uma máquina de cartão em casa? Você pode permitir que um motoboy confiável receba os valores das contas diretamente do cliente, também.

Ofereça descontos

A estratégia de oferecer descontos não serve somente para fazer seus clientes comprarem mais produtos. Ela também pode servir para que os clientes inadimplentes prefiram pagar seus boletos de maneira imediata.

Ofereça um desconto no valor dos carnês por tempo determinado, criando um senso de urgência neste cliente. Ele vai preferir aproveitar esse desconto agora do que pagar o valor total, com juros, no futuro.

Foque nos clientes que têm maior renda

Os inúmeros fatores que listamos no começo do texto mostram que, realmente, muitos clientes das classes mais necessitadas não têm como priorizar os pagamentos de seus carnês agora.

Apesar disso, o seu negócio precisa de dinheiro circulando para pagar as próprias contas, os colaboradores e para manter a própria empresa de pé.

Por isso, uma boa alternativa pode ser focar nos clientes inadimplentes que têm renda mais alta. 

Use os métodos que citamos acima para estimular estes clientes a fazerem o pagamento de seus carnês, até mesmo de forma antecipada. Assim, você garante que o dinheiro continue entrando em seu caixa e que a sua empresa contornar, pelo menos um pedaço desta crise até ela passar.

Você também encontra, no vídeo abaixo, dicas de como melhorar suas vendas nesse período:

Colabore com a gente

Se você implemente outras técnicas aí na sua empresa, não deixe de colaborar com a gente. Deixe nos comentários abaixo as alternativas que estão funcionando para você e para o seu negócio e ajude a outros empresários que estão na mesma situação.

Afinal, a pandemia uniu todas as pessoas. Todos estamos enfrentando o vírus e o perigo na saúde e na economia que ele representa. Vamos dar as mãos.