A crise do novo coronavírus causou um impacto significativo na economia nacional e mundial. Para se ter ideia, a expectativa do Banco Mundial é que o PIB do Brasil caia 8% neste ano por causa da pandemia.

No entanto, muitos segmentos da economia estão com todos os seus fundamentos em ordem para ter um bom desempenho, sendo apenas atrapalhados pela pandemia e redução natural da demanda por causa do período.

Sendo assim, a expectativa é que haja um boom de empreendedorismo pós-Covid, quando o mercado iniciará uma recuperação acelerada e determinados setores poderão se beneficiar desse comportamento.

O principal setor que poderá recuperar o tempo perdido na pandemia é o mercado imobiliário. De acordo com alguns dos principais órgãos do setor, a recuperação da construção civil e das vendas de imóveis deverá seguir no formato em V, que é caracterizado por uma queda rápida e um retorno rápido também.

As razões para isso são muitas. Para começo de conversa, os juros imobiliários estão baixos por causa do baixo nível histórico da Taxa Selic. Assim, o financiamento imobiliário está barato, o que atrai o consumidor a investir.

Além disso, os investimentos de Renda Fixa estão pouco atraentes uma vez que tanto a Selic, quanto a inflação, estão em níveis baixos. Dessa forma, não vale muito a pena aplicar nesses títulos. Como a Bolsa de Valores é bem instável, os imóveis se tornaram a melhor opção para quem quer investir.

Dessa forma, o empreendedorismo no setor imobiliário deverá ser um dos principais motores de aquecimento da economia após a crise do coronavírus. Não só as construtoras vão se beneficiar com isso, mas todo mundo que trabalha de forma direta ou indireta com o setor, incluindo imobiliárias, produtores de software para o setor imobiliário e outros prestadores de serviços.

Além do setor imobiliário, outra área com potencial de crescimento pós-Covid são os aplicativos de entrega, como o Rappi. A grande diferença é que eles já estão em constante crescimento mesmo com a crise.

Para se ter uma ideia, o crescimento do faturamento desses aplicativos desde o início do ano é de quase 100%. Na prática, o setor dobrou de tamanho desde o início do ano e pode aumentar ainda mais quando a pandemia passar.

Um dos impactos desse crescimento é a mudança na maneira como se consome vários itens no Brasil. Os restaurantes, por exemplo, passaram a depender dos aplicativos para manter seus rendimentos. No entanto, supermercados e também farmácias registraram mais vendas desde que o ano começou por causa da versatilidade dos aplicativos de entrega.

O e-commerce também deverá se beneficiar desse movimento. Em 2020, a perspectiva é que as vendas digitais alcancem R$100 bilhões, com possibilidade desse número aumentar significativamente no ano que vem.

Esse movimento de crescimento tem acontecido porque o e-commerce e o delivery tiveram de acelerar suas atuações para dar conta da repentina “sumida” das vendas físicas durante a pandemia. Por causa disso, faturamentos que esperávamos ver em 3, 4 anos no futuro começaram a acontecer agora, em 2020.

Outro setor viável para o empreendedorismo pós-Covid-19 é o de alimentação vegana ou vegetariana. Atualmente, cerca de 15% da população brasileira se identifica como vegetariana, o que mostra que há uma demanda considerável por esse tipo de alimentação.

Além disso, é importante afirmar que o crescimento é de 75% desde 2012. Ou seja: o número de vegetarianos no Brasil tem aumentado bastante nos últimos tempos e nada indica que deverá se estabilizar em breve, mantendo o ritmo de crescimento.

Assim, restaurantes poderão se beneficiar ao começar a servir pratos vegetarianos, enquanto empresas do segmento alimentício têm muito a ganhar a investir em soluções do tipo.

Uma prova disso são os alimentos de proteína vegetal, como os “hambúrgueres de planta” que começaram a se popularizar nos últimos tempos. Com mesmo sabor e textura que os hambúrgueres de carne, eles são uma alternativa para quem quer uma dieta vegetariana, apesar de serem mais caros.

Por fim, uma tendência do mundo pós-Covid-19 será a limitação de interações físicas entre pessoas e objetos. Afinal, esse tipo de contato é muito fértil para contaminações, o que explica um pouco o nível rápido de alastramento do novo coronavírus. Como todo mundo sabe, o dinheiro é um vetor poderoso para a transmissão de doenças e, por isso, há uma grande demanda por opções de pagamentos por aproximação.

Hoje em dia, algumas grandes lojas e máquinas mais modernas já aceitam o sistema. No entanto, o objetivo é que todas as empresas, desde o mercadinho da esquina até a maior loja de departamento da cidade, permitam o pagamento sem contato físico, diminuindo o risco de contágio entre as pessoas.

Essa tendência já é realidade em algumas cidades da Ásia, Europa e EUA e deverá se popularizar bastante nos próximos anos.

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